Angola será o palco do Open Africano de Judo em ambos os sexos até 2026, no âmbito de um contrato assinado entre a Federação e a Confederação Africana da modalidade. A informação foi prestada, quinta-feira, em Luanda, pelo vice-presidente da Federação Angolana de Judo (FAJ), Josemar Frederico.
Falando no Pavilhão do Kilamba, à margem da segunda prova dentro da cooperação existente entre as instituições, depois da edição disputada em 2023, a fonte espera que a modalidade ganhe maior adesão em todo o país.
Josemar Frederico afirmou que o acordo enquadra-se nos objectivos do país a nível nacional e internacional.
Sobre este segundo evento, organizado por Angola (iniciou hoje e termina domingo), o responsável espera que a Selecção Nacional faça jus à sua condição de anfitriã e conquiste o máximo de medalhas de ouro.
Referiu que a competição reveste-se de responsabilidade acrescida por ser qualificativa aos Jogos Olímpicos deste ano em Paris (França).
Quanto ao evento multidisciplinar que a cidade francesa irá albergar entre os meses de Junho/Julho, indicou que a judoca Diassonema Neidy (-63kg) é, até agora, a única apurada.
Medalhas de ouro
Outrossim, o judoca angolano Santos Sebastião revalidou, esta sexta-feira, o título de campeão do Open Africano de Judo em juniores, ao vencer o camaronês Jessie Ngae, na categoria dos -81 kg.
Na prova, que decorre no Pavilhão Multiusos do Kilamba, o atleta da província do Uíge bateu o camaronês com a pontuação máxima (ippon), num momento que se via em desvantagem com a penalização de dois cartões, quando faltavam 23 segundos para o fim do combate.
Num acto técnico de risco, executou um kata-gurama ao rival que resultou em ippon, valendo-lhe o ponto máximo (10), naquela que foi a final mais esperada da ronda inaugural.
Num combate de judo, o objectivo do ippon é conseguir o ponto completo. O judoca coloca o rival de costas no chão com força e velocidade e, para isso, precisa finalizar o golpe utilizando a chave de braço, imobilização no solo ou estrangulamento por 20 segundos.
Noutra luta de realce, Eldimira Segunda, também manteve o título de campeã do Open continental nos -48 kg, ao superar a compatriota Vânia Gabriel, depois da conquista na edição de 2023, disputada também no país.
O país brilhou igualmente nos -70 kg em feminino com a Olga Bento a suplantar a twanesa Neo Nagampe. Já Marcelina da Conceição conquistou o ouro ao vencer Beumara Pinha, nos -52kg.
No geral, neste primeiro dia do evento, o combinado nacional somou 11 medalhas de ouro, 10 de prata e 15 de bronze, ocupando a primeira posição da classificação.
Camarões, com três de ouro, ocupa a segunda posição. O Botswana, com uma de prata, é a terceira da geral. Já o Burundi e Paraguai vêm no quarto e quinto lugares, respectivamente, com uma de bronze cada.
A competição prossegue hoje com a categoria de cadetes, dos 17 anos para baixo.