Angola: Empresário defende proibição de importação de mel
Angola: Empresário defende proibição de importação de mel
mel

O empresário angolano Bruno Albernaz sugere ao governo para proibir a importação de produtos como mel no sentido de proteger os produtores que se dedicam a essa actividade.

Na óptica do principal gestor da empresa “Eventos Arena”, promotora de feiras/exposições, que falava esta quarta-feira, 27, no webinar sobre a Expo Feito em Angola (EFA) – prevista de 15 a 18 de Novembro, próximo, há produtos como o mel que já não deviam ser importados para proteger a produção nacional.

“Temos que começar a tomar medidas mais fortes para que a nossa indústria e empresas comecem a se afirmar. São necessárias medidas mais duras,”rematou Bruno Albernaz, quando intervinha no fórum, que contou com a participação de 123 empresários.

Os participantes da vídeo-conferência, maioritariamente aderentes ao Feito em Angola, aproveitaram o momento para obter mais informações sobre a EFA, Serviço Feito em Angola (SFA) assim como para partilhar experiências sobre a participação de Angola na feira realizada, este ano, na república Democrática do Congo.

Sobre a EFA, o empresário Nilesh Mehta, fundador da empresa “Rei dos Doces”, questionou os preços para a participação na feira, que na sua óptica são elevados, assim como a distância do local, pois na sua óptica poderia ser mais próximo, devido o custos com transportes.

Já a empresária Marlene José, criadora da start up “Food Care”, que exportou, pela primeira vez, a 21 de Setembro deste ano, 23 toneladas de produtos alimentares para os Estados Unidos de América (EUA), no âmbito da Lei Americana do Crescimento e das Oportunidades para África (AGOA), chamou a atenção para a necessidade de reserva, nas feiras nacionais, de uma área para as pequenas iniciativas para mostrar os seus produtos e serviços.

“Elas são pequenas, mas precisam de oportunidade”, sublinhou a empresária.

Disse, por outro lado, que a participação na feira da RDC foi muito proveitosa, mas apontou o factor língua como obstáculo.

A RDC é um mercado apetecível. O país tem uma população estimada em 137 milhões de habitantes, mas as taxas aduaneiras são muito altas e dificulta a entrada naquele mercado.

Expo Feito em Angola

A exposição, que vai na sua segunda edição, é reservada a bens produzidos no país, aderentes ao Selo Feito em Angola, particularmente, mas é extensiva aos não aderentes que produzam internamente.

O evento vai se realizar na Zona Económica Especial Luanda-Bengo (ZEE), localizada no município de Viana, em Luanda, num espaço de 125 mil metros quadrados, 28 dos quais de área coberta.

Da EFA, espera-se a participação de 500 expositores das 18 províncias do país, dessas 250 aderentes ao Serviço Feito em Angola. Na primeira edição, realizada em Dezembro de 2022, participaram 350 empresas de 16 províncias, das quais 48 aderentes ao Feito em Angola.

Balanço geral do Serviço Feito em Angola

Actualemnte, estão registadas 337 candidaturas ao SFA, entre elas 156 já aderiram ao Selo Feito em Angola, 621 produtos já possuem o selo, desse número cinco são selo verde – para produtos orgânicos, reciclados ou todo produto que faça apelo à protecção ambiental.

De acordo com as estatísticas do Ministério da Economia e Planeamento (MEP), o índice de adesão de empresas ao Serviço Feito em Angola é crescente, desde o quarto trimestre de 2022, em que se registou 105 empresas aderentes, estando agora, no terceiro trimestre de 2023, em 156 empresas.

Em relação ao índice de produtos que aderiram, os dados indicam 356, no último trimestre de 2022, e 621 no terceiro trimestre de 2023. Apontam, igualmente, Luanda (346), Benguela (46) e Huambo (46) como as que mais produtos têm como Selo Feito em Angola.

A próxima Expo Feito em Angola será realizada na província de Benguela.

com Angop

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