Angola pode falhar Mundial por falta de visto de entrada nos Países Baixos
Angola pode falhar Mundial por falta de visto de entrada nos Países Baixos
mario

O angolano Mário da Silva pode falhar a participação no Campeonato do Mundo de Karaté do estilo Kyokushin a realizar-se nos Países Baixos nos dias 17 e 18 de corrente. O atleta do Interclube não dispõe de visto de entrada para aquele país da União Europeia e tem o combate marcado para o dia de abertura do evento.

O mesmo afirmou que a direcção do clube do Rocha Pinto criou as condições para desembarcar apenas até Portugal, onde deveria cumprir um micro-estágio preparatório.

“Estou preocupado com a situação de viagem, porquanto os dias de combate estão mais próximos. Fui informado para me deslocar de comboio de Portugal a Holanda, mas sem visto para o país da competição mundial”, afirmou.

Ante a situação candente, o mestre questiona: “Por que devo seguir viagem a Portugal, quando o tempo já não me permite realizar o estágio? Por que razão devo transgredir as leis migratórias da União Europeia?”

Mário da Silva está apreensivo com a situação, porquanto a direcção do Interclube recebeu o dossier da participação do karateca angolano desde Novembro de 2022 e a orientação das entidades superiores do Ministério do Interior reforçada em Junho de 2023.

“Não encontro explicação aceitável para a desistência de Angola no Campeonato do Mundo”, indaga o atleta, antes de acrescentar que o presidente do clube deve apurar as responsabilidades que levem a inviabilização da presença da agremiação na competição.

“Pela primeira vez, o nome do Interclube vai soar nos altifalantes de uma competição mundial acrescido do nome Angola. Os dirigentes deste clube têm conhecimento do valor e da importância das duas marcas (Interclube e Angola) num evento mundial?”, pergunta.

Mario da Silva vai mais longe: “Preparo-me com afinco convicto de erguer a bandeira de Angola, em nome do Interclube, na estreia do clube numa competição mundial. Vou combater por Angola”.

As motivações da certeza de erguer a medalha de ouro está nos treinos que decorrem das 4h00 às 7h00, das 12h00 às 17h00 e das 19h às 21h00, todos os dias da semana. O regime tri-diário decorre das exigências físicas e competitivas do kyokushin, a versão mais perigosa do karaté.

“Faço a minha própria preparação física, técnica e competitiva por falta de um treinador em Angola com valências superiores às minhas. Faço parte de um grupo restrito de sete angolanos com graduação iguais às minhas e sou o melhor e único na minha especialidade: kyokushin”, assegurou.

Para Mário da Silva, não faz sentido a atribuição de 1500 euros para custear as taxas de inscrição, alojamento e alimentação até ao final da competição.

“Nos Países Baixos, os custos são altos e não sei como vou suportar a hospedagem. O valor garantido (1500 euros) é insuficiente para a alta competição. Só as taxas de participação vão consumir 65 por cento do dinheiro. Como sobreviver com 35 por cento até o meu regresso ao país?”, questiona.

Mário da Silva é certificado pela Kyokushin Kenbukai, Federação Mundial de Kyokushin, (uma das melhores organizações do mundo de Kyokushin Karate), Federação Mundial de Karaté Shotokan (WKF), único angolano árbitro oficial da Federação Mundial de Kyokushin Karaté, é Mentor do Sistema de Treinamento direccionado ao sector militar Kontakto (com uma vasta experiência em Empresas de Segurança e policiais: 1999-2019), é membro da União Africana de Kyokushinkai Karaté e formador de diversas especialidades em artes marciais em Angola. De momento, é delegado responsável pela Federação Mundial de Kyokushin no território nacional.

in JA

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