Os moradores da centralidade do Lobito e arredores, na zona alta da cidade ferroportuária, na província de Benguela, mostram-se ontem. sábado, agastados com a interrupção no fornecimento de água potável, há mais de uma semana.
Dados recolhidos no terreno indicam que esta falha deriva-se de uma ruptura registada na tubagem do centro de abastecimento, localizado na zona baixa da cidade.
Segundo os moradores, o fornecimento de água à centralidade é feito de forma intercalada por blocos, de quatro em quatro dias, mas há uma semana que nenhuma torneira jorra o precioso líquido.
“O fornecimento de água à Centralidade não é regular e quando ocorrem avarias como essa, os moradores são obrigados a recorrerem aos camiões cisternas, cujos custos são bastante elevados”, afirmou o morador Bráulio Weza.
O munícipe considera que a empresa de água deve continuar a melhorar os seus serviços, desde manutenções periódicas dos equipamentos e sistemas, bem como na capacitação dos seus técnicos no sentido de darem resposta rápida nessas situações.
Já Jacira Gomes lamenta a falta de celeridade na reparação da avaria e disse que a situação está a trazer constrangimentos adicionais aos moradores.
“A vida já está tão difícil, as famílias estão com sérios problemas sociais e ainda somos obrigados a gastos adicionais para compra de água nos camiões-cisternas. Creio que, numa situação como essa, a própria Administração Municipal poderia arranjar meios para distribuir água aos cidadãos”, enfatizou.
Entretanto, o presidente do Conselho de Administração da Empresa de Água e Saneamento de Benguela, Paulo Jorge, tendo esclarecido que houve uma ruptura na conduta de 400 mm na Subestação de Tratamento do Lobito Velho.
Segundo o responsável, esta ruptura afectou todo o sistema de abastecimento à referida zona, facto que obrigou ao corte do fornecimento de água à centralidade e arredores.
Paulo Jorge fez saber que já decorrem trabalhos de reparação da referida conduta, a cargo da empresa CITIC, visto que a mesma está ainda dentro do período de garantia.
“Falei com o fiscal da obra no sentido de pressionar o empreiteiro para definir o prazo de reparação dos trabalhos”, disse.
Segundo o PCA, que preferiu não avançar a data para conclusão da intervenção, os trabalhos devem terminar no mais curto espaço de tempo.
A centralidade do Lobito ocupa uma área implantada de 293, 82 hectares, com três mil unidades habitacionais, entre as quais 856 vivendas e dois mil e 144 apartamentos, distribuídos pelos blocos A,B,C,D,E e F. O projecto foi concebido para albergar uma população estimada em 18 mil habitantes.
in Angop