Benguela: Presidente da CNE acusado de desvio de viatura e fundos do Estado
Benguela: Presidente da CNE acusado de desvio de viatura e fundos do Estado
CNE Benguela

Sucessivos maus tratos a inferiores hierárquicos, desvio de uma viatura da CNE para serviço de táxi a seu benefício, desvio de fundos financeiros do Estado para festas familiares e garantir sustentabilidade a amantes, acrescido de arrogância, são, dentre várias, as acusações que pesam sobre o actual presidente da Comissão Provincial Eleitoral de Benguela (CPE), efecto à Comissão Nacional Eleitoral (CNE), José de Jesus Ndala Carlos, conforme apurou o Imparcial Press.

De acordo com a fonte do Imparcial Press, os funcionários, comissários provinciais, municipais e presidentes municipais sofrem com sucessivas faltas de respeito, onde quer que esteja e achar que quer, como se diz na gíria angolana, “aparecer ou dar o seu show”.

“Nós somos destratados por qualquer razão pelo senhor José de Jesus Ndala Carlos, perante as suas amantes ou impressionar outras pessoas presentes, quer em encontros de trabalhos, reuniões ou mesmo por telefonemas”, disse uma fonte, pedindo anonimato, considerando o acusado por “detrator e arrogante”.

Na fase do pleito eleitoral de 2022, que reelegeu o presidente do MPLA e cabeça de lista deste partido, desde 1975 no poder, João Lourenço, ao cargo de Presidente da República, o responsável da CPE-Benguela, José Carlos, terá, alegadamente, exigido a todos os funcionários da instituição que dirige a votar no MPLA, sob pena de serem expulsos da instituição, caso votassem contra.

“Alguns dos nossos colegas de quem ele suspeitava que não teriam votados no MPLA foram mencionados”, confirma a denúncia.

José Carlos está a ser também acusado de, supostamente, ter desviado uma viatura da CNE, que prestava serviços à comissão de Benguela, de marca Toyota, modelo Land Cruiser, cor branca, com a chapa de matrícula LD-69-64-HQ. Conforme relata a fonte, “José Carlos atribuiu esta viatura a um dos seus sobrinhos de nome Nelson, com a qual faz serviços de táxi na rota Benguela/Lubango, para benefícios pessoais e de sua família”.

A fonte avança, por outro lado, que todos os finais de cada mês o “número um da CNE na província de Benguela”, organiza festas em que os funcionários são obrigados a contribuírem financeiramente para as referidas “farras mensais”, com medidas de processo disciplinar para quem não aderir com qualquer contribuição.

“Nestas festas, mesmo não querendo, somos obrigados a contribuir, senão sofremos um processo disciplinar. O dinheiro, a comida e a bebida que sobra da festa o chefe leva para casa dele ou oferece na amante”, lamenta a fonte.

Um outro interlocutor do Imparcial Press afirma que o acusado escolheu Rosa Santana, esposa de um dos seus melhores amigos, e a senhora Etelvina Saraiva, a quem confere a máxima confiança na organização das “farras mensais”, com o dinheiro que este desvia dos cofres do Estado, com facturas forjadas para justificar despesas com a manutenção de equipamentos de ar-condicionado da instituição que dirige em Benguela.

“Ele é tão arrogante que não respeita ninguém. Ele namora com uma funcionária Evadina Vatumila Januário e tira dinheiro da instituição para comprar bens para casa dela, e no ofício da saída de valores mantém que é para manutenção dos ar-condicionados da instituição”, acusa a fonte.

No mês de Dezembro de 2023 José Carlos terá, alegadamente, comprado duas cabeças de boi com dinheiro da instituição, mas no ofício justificou que os valores eram para a manutenção dos aparelhos de ar-condicionado.

“Estamos cansados com esta situação, por favor. Alguém de direito para travar este senhor, já que se sente protegido pela presidente da CNE”, suplicou o denunciante.

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