Os bolseiros externos do Instituto Nacional de Gestão de Bolsas de Estudos (INAGBE) endereçaram recentemente uma carta aberta às autoridades competentes, nomeadamente aos ministérios do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI), das Finanças e aos deputados à Assembleia Nacional, solicitando a imediata regularização do pagamento dos subsídios.
No documento, datado de 14 de Janeiro de 2024, os estudantes bolseiros expressaram a sua indignação com o atraso no pagamento de subsídios referentes aos meses de Dezembro de 2023 e Janeiro de 2024, alegando que o orçamento destinado a essas despesas está disponível para todo o ano e não há justificativa plausível para os constantes atrasos.
Além disso, os supostos lesados alertam para as consequências graves que estão enfrentando devido à falta de pagamento, incluindo dificuldades financeiras para arcar com despesas básicas como aluguel, contas de água, luz e internet. Relatos de despejo por parte de senhorios já foram registados em países como Portugal, Brasil e Canadá.
A carta também responde às declarações do director geral do INAGBE, Milton Chivela, que recentemente rotulou os estudantes bolseiros no exterior como “turistas”. Os mesmos repudiaram veementemente essa designação, enfatizando o seu comprometimento e dedicação aos estudos e pesquisas.
Os contestatários exigem a demissão imediata do director geral do INAGBE, acusando-o de conduzir mal a instituição e criar uma exposição negativa baseada em casos isolados.
Por outro lado, os bolseiros lamentam a falta de comunicação oficial por parte da direcção do INAGBE sobre os atrasos nos pagamentos e sugeriram que os valores destinados às bolsas possam estar sendo desviados para investimentos bancários no exterior.
Por fim, os estudantes bolseiros anunciam que não vão realizar a prova de vida enquanto os pagamentos não forem regularizados e pedem às autoridades competentes que tomem medidas urgentes para resolver a situação.