O defesa central da União Desportiva de Songo de Moçambique, Daniel Mutambe, agredido na madrugada de domingo, nas ruas da cidade do Lubango, a escassos metros do hotel onde estava a equipa hospedada, está fora do perigo, assinala o boletim clínico do hospital António Agostinho Neto.
A equipa moçambicana jogou no sábado, no Estádio Tundavala, e perdeu para os angolanos do Petro Atlético de Luanda, por 3-1, em jogo na segunda “mão” da última eliminatória de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões Africanos.
O facto ocorreu quando o jogador de 28 anos de idade, após o jogo, entendeu sair à madrugada para apreciar o ambiente num restaurante, quando deparou-se com um grupo de marginais de seis elementos que o abordaram com violência.
O atleta fazia-se acompanhar de um colega, cujo nome não precisou, que conseguiu escapar, mas ele ao livrar-se dos agressores tropeçou e foi alcançado pelos marginais, que ainda lhe roubaram o telemóvel, a pasta de documentos e mais quatro mil e 700 meticais (moeda moçambicana), cartões do banco, as roupas e o par de ténis que usava.
Falando à imprensa, nesta cidade, Daniel Mutambe, afirmou que sofreu maioritariamente na parte da costela, quanto as inflamações nos olhos não apresenta gravidade aparente.
Segundo ele, o pior só não aconteceu, dada pronta intervenção de uma patrulha da polícia, que alertada pelo Centro Integrado de Segurança Pública, CISP, interveio de imediato.
Por sua vez, o director-clínico do hospital Central Dr. António Agostinho Neto, Augusto da Fonseca, afirmou que após feito o diagnóstico, deu-se conta que sofreu agressão física que resultou em perda transitória da consciência no local de agressão, motivo pelo qual, foi socorrido para a unidade hospitalar.
Considerou que a evolução do doente é positiva, por não apresentar alterações em relação ao quadro de entrada, ou seja, preserva a consciência com um “Glasgow” de 15 pontos e está estável emodimicamente com tensões arteriais normais, sem necessidade de oxigénio.
Detalhou que o jogador foi internado com diagnóstico de um trauma crânio cefálico com uma fractura da base e edema cerebral de fuso, mas neste momento o serviço de neurocirurgião daquela unidade hospitalar faz seguimento e próxima observação será feita na quarta-feira.
Um dos responsáveis da equipa médica do Songo, Albertino Albano, sublinhou que a direcção do clube não teve conhecimento da saída dos jogadores fora de hora, dada a confiança que nutre entre ambos, o que impediu a viagem para Moçambique.
Ao tomar conhecimento da ocorrência, conforme a fonte, manifestaram-se preocupados, mas acreditam, que vai melhorar e tão logo que fique regressarão para a sua terra de origem.
Na occisão, elogiou o papel do governo local por fazer um acompanhamento rigoroso ao jogador daquele plantel.
Sobre o assunto, o porta-vos do comando provincial da Policia Nacional, na Huíla, Benedito Walter, afirmou que diligências prosseguem de modos a deter os implicados e esclarecer o crime.
in Angop