Deputados apupam João Lourenço no Parlamento gritando “ditador”
Deputados apupam João Lourenço no Parlamento gritando "ditador"
Jl deputados

O Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço, foi hoje vaiado, em backstage, no final do seu discurso sobre o Estado da Nação, pelos os deputados do Grupo Parlamentar da UNITA, que se levantaram gritando “ditador”.

João Lourenço proferiu hoje um longo discurso cheio de inverdades, supostamente, sobre o Estado da Nação, por ocasião da Sessão Solene de Abertura do Ano Parlamentar 2023-2024 da V Legislatura.

Na recta final do seu discurso que durou mais de duas horas, o Presidente da República advertiu aos presentes, em particularmente a UNITA, que “quaisquer tentativas de alguém fazer o seu discurso sobre o Estado da Nação será um exercício ilegítimo de usurpação das competências que a Constituição confere apenas e exclusivamente ao chefe de Estado, que é uma entidade singular”.

Advertência (soberba) do Chefe de Estado, num tom de intimidação, está a ser subentendida – em backstage – como uma medida de proibição aos partidos na oposição de apresentar uma réplica política, como consagra a Constituição da República de Angola. Os deputados da UNITA levantaram logo e soltaram os apupos, chamando-o de “ditador”.

No final, o presidente do Grupo Parlamentar da UNITA (GPU) disse que foi muita pena que o Presidente da República tenha demonstrado que não conhece a Constituição.

“A Constituição da República de Angola é clara, assiste à oposição o direito de réplica política. O momento para a escolha de fazer a réplica política depende dos actores políticos, portanto, foi uma distração do Presidente da República”, realçou, garantindo que vai haver réplica.

Relativamente ao discurso sobre o Estado da Nação, Liberty Chiyaka disse que o chefe de Estado devia ter apresentado propostas de soluções para a “grave crise político social” que o país vive.

“Angola vive uma grave crise político-social, o desemprego aumentou, a pobreza extrema aumentou, o custo de vida aumentou, a moeda perdeu o valor, o salário não cumpre a sua função económico-social de satisfazer as necessidades básicas das populações, vivemos uma grave crise económico-social”, referiu.

“O que a Constituição manda é que o Presidente da República devia ter apresentado propostas de soluções. Diante deste quadro grave, do ponto de vista político, social e económico, soluções concretas, não são intenções, é o que devia ter sido feito”, rematou.

Vale salientar que os deputados da UNITA, não saíram pela porta principal, com excepção da vice-presidente do partido, Arlete Chimbinda.

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