Efectivo do DIIP e cúmplice detidos pelo assassinato de 10 moto-taxistas em Malanje
Efectivo do DIIP e cúmplice detidos pelo assassinato de 10 moto-taxistas em Malanje
Manucho e Chinho

O Serviço de Investigação Criminal, em Malanje, deteve esta semana um 3.º subchefe da Polícia Nacional, colocado no Departamento de Investigação de Ilícitos Penais (DIIP), de nome Júlio Germano, mais conhecido por “Manucho”, de 37 anos, e o seu comparsa de nome Bernardo Magalhães “Chinho”, 38 anos, pelos crimes de homicídios, onde foram vítimas dez cidadãos que exerciam serviço de moto-taxistas na via pública.

Os crimes de homicídio qualificado concorrido com o de roubo de motorizadas com recurso a armas de fogo – facultados por Júlio Germano “Manucho” ao seu cúmplice – ocorreram este ano naquela província.

Segundo um informe da Polícia Nacional, em posse do Imparcial Press, Manucho – que também era chefe do Núcleo de Investigação de Ilícitos Penais da Esquadra da Canambua/Malanje – e o comparsa do crime executaram os 10 moto-taxistas nos bairros Vila Matilde (3), Auto-Guiné (2), Pimpão (2), Carreira de Tiro (1), Maxinde (1) e Quizanga (1), nesta cidade.

Foram vítimas da acção dos malfeitores, os cidadãos: Domingos Cabeto, João Cadila, Marcos Moisés, Francisco José, João Tomás, Vieira Zacarias, Bernardo Zongo, Paulo António, Isaac António e um ainda por identificar, todos eram mototaxistas.

Falando à imprensa no acto de apresentação dos acusados, o diretor do Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa da Delegação Provincial do Ministério do Interior, Junqueira António, disse que as detenções resultaram de denúncias feitas por algumas vítimas que escaparam.

Precisou que os homicidas confessos faziam-se passar por passageiros e durante o trajeto interpelavam as vítimas e praticavam os atos, em zonas isoladas, retirando-lhes as motorizadas.

Assinalou que os motociclos subtraídos nas vítimas eram os que se encontravam bem conservados e novos e comercializados nas províncias do Cuanza-Sul e Bié, ao preço de 200 mil a 400 mil kwanzas.

Em posse dos homicidas, foram encontradas três pistolas de marca Jericho, com carregadores com 24 munições, três telemóveis, faturas e termos de entrega de ciclomotores falsos.

Junqueira António garantiu que diligências estão em curso para a recuperação dos meios subtraídos e consequente reposição aos proprietários.

Importa referir que, a par dos crimes acima referidos, os bandidos também subtraíram três motorizadas pertencentes a seus colegas policiais, colocados na SMIIP/SEDE, não recuperadas.

Outros crimes

Apesar das autoridades locais focarem-se somente nos dez homicídios de moto-taxistas, circulam informações de que a dupla homicida poderá estar associada ao assalto ocorrido no dia 13 de Maio do ano corrente, no Mercado de Catepa, onde foram mortos dois trabalhadores do Banco Sol, do Balcão 007, sendo um segurança e o cidadão Edson Carnoth, técnico do banco, que na altura recolhiam dinheiro de uma das dependências.

Segundo amigos do malogrado, Edson era muito próximo de Manucho e dias antes terá segredado ao amigo sobre o levantamento do dinheiro, sem saber que o mesmo agente da polícia liderava um grupo de malfeitores que assaltavam com armas de fogo.

Na tarde do dia 13 de Maio, a bordo de uma viatura, o jovem bancário e o segurança foram surpreendidos por marginais transportados por motorizadas, e foram alvejados à queima-roupa, tendo de seguida levado avultadas somas em dinheiro.

Com a descoberta da quadrilha e a envolvência do efectivo do DIIP em mais de 10 crimes de homicídio entre vários roubos de motorizadas, o SIC investiga se há alguma ligação entre as duas ocorrências.

Atentado contra deputado da UNITA

Outrossim, o grupo também está associado ao ataque contra o deputado da Assembleia Nacional pelo círculo eleitoral da província de Malanje, Carlos Xavier Lucas, ocorrido no dia do assalto ao Mercado de Catepa, na cidade de Malanje.

O incidente ocorreu por volta das 14h15, quando um indivíduo não identificado, que se deslocava numa motocicleta, aproximou-se da viatura (um Toyota Hilux) do deputado e efectuou dois disparos.

Apesar dos tiros, o deputado Xavier Lucas saiu ileso, não tendo sido atingido por nenhuma das balas loucamente assassinas. No entanto, devido ao elevado estado de choque, foi encaminhado para o Hospital Provincial de Malanje para observação.

No momento do ataque, o deputado do Grupo Parlamentar da UNITA estava acompanhado pelo seu escolta, um efetivo da Polícia Nacional afecto à Unidade de Proteção Parlamentar da Assembleia Nacional, um órgão afeto ao Comando da Polícia de Segurança Pessoal e de Entidades Protocolares (PSPEP).

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