Fábrica da AfriOne faliu – Quase 50 trabalhadores ficaram sem o emprego
Fábrica da AfriOne faliu - Quase 50 trabalhadores ficaram sem o emprego
AfriOne

Embora possa haver hipótese de reabrir, a verdade é que já lá se vão dois anos desde que a fábrica de telemóveis, tabletes, computadores e acessórios electrónicos da marca “AfriOne”, localizada na Zona Económica Especial (ZEE), em Luanda e Bengo, continua encerrada, desde 2022, sendo que perto de 50 jovens angolanos caíram no esquecimento e no desemprego.

Inaugurada a 14 de Outubro de 2020, pelo Presidente da República, João Lourenço, com capacidade para colocar no mercado angolano três mil telemóveis por ano, mas em Setembro de 2021, já só operava com 25% da sua capacidade de resposta, ou seja, em menos de um ano, para em 2022 parar e os trabalhadores foram dispensados, segundo o Expansão, na sua publicação online.

A “AfriOne” encontra-se fechada há quase dois anos, por falta de matérias-primas e por não ter sido concretizado um acordo com o Ministério da Educação, para o fornecimento de equipamentos às escolas, como noticiou o Expansão em Setembro de 2022.

A fábrica, que está sob gestão do grupo indiano Contec Global, resulta de um investimento privado do “Sheik Ahmed Dalmook Al Maktoum”, dos Emirados Árabe Unidos (EAU), de 15 milhões USD.

A fábrica não chegou a montar aparelhos, além de telemóveis analógicos e de smartphones da marca AfriOne Cygnus, que foram colocados no mercado muito timidamente para rentabilizar o investimento.

A estratégia comercial do investimento estava presa por acordos com o Ministério da Educação e as Forças Armadas Angolanas (FAA), como afirmou o Sheik, em entrevista ao Expansão, em 2020, mas que não chegaram a se concretizar.

Em Setembro de 2021, a fábrica operava a 25% da sua capacidade, sendo que apenas uma das quatro linhas de produção funcionava, mas em 2022 parou e os trabalhadores foram dispensados. Actualmente, a fábrica está fechada temporariamente, segundo afirmou uma fonte da AfriOne.

A empresa foi inaugurada pelo Presidente da República, João Lourenço, na presença do Sheik do Dubai, Ahmed Dalmook Al Maktoum, responsável pelo investimento, que contou com uma linha de crédito dos Emirados Árabes Unidos.

A implementação da fábrica contou com acordos com a Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações (AIPEX) e os ministérios da Indústria e Comércio e da Economia e Planeamento, assim como a colaboração da multinacional Massey Ferguson.

De referir que a Caixa de Segurança Social das FAA assinou um memorando com o gabinete do Sheik e o Governo angolano, para que a AfriOne, no seu recrutamento, favorecesse os filhos de antigos militares e militares reformados.

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