A comercialização e o consumo da carne suína, assim como de seus derivados, no município da Humpata, está proibida pelos Instituto dos Serviços de Veterinária da Huíla, devido a peste suína africana que assola a circunscrição, com vista a travar o alastramento da doença.
Segundo uma nota da instituição distribuída à imprensa na quarta-feira, 21, no Lubango, a doença foi confirmada no dia 15 pelo laboratório central de veterinária (CVL) de Windhoek, na República da Namíbia, cujo epicentro é a fazenda Quavi Lda, no município da Humpata, onde foram abatidos 562 suínos.
Segundo o documento, ao abrigo da Lei n.º 04/04 de sanidade Animal, vigente na República de Angola, considera-se que o nível de propagação é “extremamente elevado”.
Face a situação, o departamento provincial do Instituto dos Serviços de Veterinária da Huíla, determinou que “enquanto durar o surto fica expressamente proibido o circuito de comercialização de carne suína e de seus derivados, bem como a entrada e saída de animais vivos desta espécie a nível de todo o município da Humpata”.
Por tratar-se de uma doença patogénica e de declaração obrigatória, recomenda-se o sacrifício por imposição sanitária de todos os animais da unidade de exploração afectada pela doença com recurso à incineração de todos os suínos, lê-se no documento.
As autoridades referem no documento que as primeiras medidas tomadas foram a desinfecção de toda a exploração, com a observância rigorosa do vazio sanitário, a implementação de outras medidas, em colaboração com outros órgãos do Governo, para evitar o alastramento da doença.
Sobre o assunto, o governador provincial da Huíla, Nuno Mahapi, realçou que trata-se de um único ponto, já identificado e controlado, mas acredita que os especialistas da área vão continuar a fazer o seu trabalho.
“Iniciou-se no sábado a tomar-se as precauções com a realização dos testes para a queima dos animais e acreditamos que o cordão sanitário tomado pela Veterinária está de acordo com as nossas necessidades e peço a população a obedecer a proibição dos Serviços de veterinária para não propagação da doença”, expressou.
O último surto da doença, naquela município que se destaca na criação de suínos, deu-se em Abril e Maio de 2019, tendo na altura sido dizimados mais de mil e 200 animais, na sua maior parte de empreendedores que receberam financiamento para trabalhar no fomento.