Os trabalhadores da empresa de Águas e Saneamento do Huambo (EPASH) – E.P. iniciaram ontem, segunda-feira, 23, naquela província, uma greve de três de dias para exigir a implementação do qualificar ocupacional, acordado em 2022.
Segundo uma nota do núcleo sindical da EPASH distribuída à imprensa local, trata-se da primeira fase da greve, com término previsto para 25 do corrente mês, com o objectivo de pressionar o Conselho de Administração a implementar o qualificar ocupacional, que prevê, entre outros, o aumento do salário mínimo de 38 mil para 63 mil Kwanzas.
Em caso de incumprimento, lê-se, deverá ser levantada a 2ª fase (de 31 a 03 de Novembro) e em caso de a situação prevalecer, o sindicato irá despoletar a 3ª e 4ª fases, previstas para 6 a 9 e de 12 a 14 do próximo mês, respectivamente.
Apesar da greve, estarão salvaguardados os serviços mínimos, que passam pela distribuição da água, pelo menos por algumas horas, nas centralidades do Lossambo (Huambo), Fernando Faustino Muteka (Caála) e Halavala (Bailundo).
Os moradores dos três projectos habitacionais são os que mais estão a sofrer com as restrições no fornecimento de água, pelo facto de não possuírem fontes alternativas.
Em declarações a Angop, o presidente do Conselho de Administração da EPAS, Adolfo Elias Gomes, augura por um consenso, entre as partes, mais rápido possível, tendo em atenção o impacto que a greve está a causar na vida dos consumidores.
O gestor defende uma implementação gradual do qualificador ocupacional, pois as receitas da empresa são provenientes do pagamento dos serviços prestados à população, muitos dos quais sem a cultura do pagamento regular.
Com 376 trabalhadores, a empresa de Águas e Saneamento no Huambo, actualmente, conta com 86 mil clientes cadastrados, dos quais 56 mil activos, mas com uma cultura de pagamento na ordem de 50 por cento.
