Investimento estrangeiro em Angola caiu 5% em 2023
Investimento estrangeiro em Angola caiu 5% em 2023
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O investimento estrangeiro em Angola caiu cinco por cento em 2023, baixando dos 71,7 mil milhões de dólares para 67,9 mil milhões de dólares em comparação com o período homólogo de 2022, segundo um relatório divulgado na última sexta-feira.

De acordo com o Relatório Económico Anual 2023, elaborado pelo Centro de Investigação Económica da Universidade Lusíada de Angola (CINVESTEC), a queda do investimento estrangeiro de 71,7 mil milhões de dólares para 67,9 mil milhões de dólares deveu-se a três factores: reduções nas rubricas de investimento directo (menos 2 mil milhões de dólares), empréstimos (menos 2,4 mil milhões de dólares) e créditos comerciais (mais 0,9 mil milhões de dólares).

“Esta redução de 2,4 mil milhões de dólares, por incapacidade de contratar nova dívida em condições favoráveis, foi o principal factor da falta de divisas”, refere o texto, consultado pela Lusa.

Segundo a CINVESTEC, o investimento angolano neste período, excluindo as reservas do Banco Nacional de Angola (BNA), passou de 34,9 mil milhões de dólares para 32,3 mil milhões de dólares, uma queda de 7,4 por cento.

O relatório sinaliza que as exportações totais neste período decresceram 26 por cento em acumulado, de 50,1 mil milhões de dólares para 37 mil milhões de dólares e as exportações petrolíferas também caíram 27 por cento, baixando dos 47,5 mil milhões de dólares para 34,7 mil milhões de dólares.

Por outro lado, a pesquisa refere que Angola observa uma acção oscilante no combate à grande corrupção, um fenómeno cujos impactos do passado persistem no presente e com efeitos prejudiciais ao ambiente de negócios do país.

De acordo com o Relatório Económico Anual 2023 da CINVESTEC, no país tem sido observada uma “acção oscilante no combate à grande corrupção, com períodos de maior actividade seguidos por longos períodos em que a visibilidade da acção se atenua”.

“É compreensível que a justiça actue dessa forma, mas é necessário combinar a actuação judicial e policial de modo a criar a percepção de que a corrupção não compensa, algo que ainda não aconteceu até agora”, lê-se no relatório tornado público na Sexta-feira e consultado pela Lusa.

A “preferência significativa” no uso de ajuste directo na contratação pública pode aumentar o risco de corrupção “devido à subjectividade causada pela influência humana”, salienta o estudo, realçando que a percepção é de que “a pequena corrupção não diminuiu”.

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