Luanda: Criminalidade toma conta da Vila Verde – Administração local ignora facto
Luanda: Criminalidade toma conta da Vila Verde – Administração local ignora facto
Vila Verde

Faltando qualquer coisa como três dias para o término do terceiro mês de 2024 – mês de Março -, fase consagrada especificamente às mulheres e aos “pais”, simplesmente por conta do dia 19 -, vários moradores residentes no distrito urbano da Vila Verde, precisamente na designada zona Verde e da do Cabolombo, no município de Belas, estão bastante preocupados com a onda de criminalidade que faz morada naquelas circunscrições da província de Luanda.

De acordo com as vítimas ouvidas pelo Imparcial Press, na manhã desta quarta-feira, 27, as zonas do distrito urbano da Vila Verde, precisamente a zona Verde e a da do Cabolombo, tornaram-se, até aqui, as zonas do município de Belas mais melindrosas e preocupantes em termos de segurança pública.

Ainda de acordo com os moradores que se dizem vítimas dos amigos da desordem, a criminalidade naquelas zonas, regra geral, é praticada em qualquer momento e em plena luz do dia, pelo que, na visão daqueles citadinos, é fundamental que os efectivos da Polícia Nacional redobrem todos os cuidados e métodos de segurança às pessoas indefesas.

Amândio Gaspar e Fernando Pedro, ambos moradores na zona Verde há mais de 5 anos, por exemplo, dizem ter, há menos de cinco dias, testemunhado a tentativa de um alegado assalto à mão armada, em plena luz do dia, a uma senhora de aproximadamente 36 anos de idade.

“Nessa zona, infelizmente, já ninguém anda e dorme com tranquilidade porque a criminalidade tomou conta do espaço. Os bandidos não têm hora de praticar suas macabras acções. Nós, por exemplo, há menos de cinco dias, testemunhámos, em plena luz do dia, a tentativa de um assalto à mão armada a uma senhora. Quase que tiravam-na tudo, mas tudo. Só Deus, que nos encaminhou para aquela direcção, senão não sabemos o que seria da pobre senhora!”, disseram.

João Cardoso, outro morador na zona e comerciante, mais do que confirmar a triste realidade porque passam, atirou, na ocasião, todo o tapete aos efectivos da polícia destacados naquela zona Verde do município de Belas, de pouco ou nada fazerem para ver a situação ultrapassada.

Para ele, a criminalidade tomou proporções alarmantes porque aqueles que deviam manter a ordem e a tranquilidade pública nunca estão prontos para acudir essa ou aquela situação que periga a boa convivência social.

“Em pleno mês da mãe e do pai, senhor jornalista, ninguém, na zona, consegue andar à vontade e com alguma segurança porque os donos do bairro tomaram-nos posse que nem os próprios homens da farda azul. Isso até é um paradoxo! Já não sabemos o que fazer, infelizmente…”, lamentou.

A mesma situação é verificada diária e constantemente na zona de Cabolombo, que, de acordo com os dizeres dos moradores Bartolomeu Gomes e Joana Gonçalves, estão e foram supostamente entregues à sorte do diabo.

“Vivemos há muitos anos nessa zona de Cabolombo, e a realidade é tão similar a de outros bairros melindrosos de Luanda. Todos os dias que Deus fez, infelizmente, há sempre relatos de assaltos. A polícia tem conhecimento e domina a situação, mas nada faz”, concluíram.

Um outro problema que deixa agastado aqueles moradores do município de Belas, segundo apurou o Imparcial Press no local, tem a ver com o mau-estado das vias de comunicação que, segundo dizem, se tornam intransitáveis sempre que recebem a visita das águas de São Paulo, diga-se de passagem.

A administração local, segundo avançam, mais do que vender falsas esperanças e promessas, nada mais sabe fazer; pelo que então apelam às autoridades competentes para reforçar o policiamento e a construção das vias.

O Imparcial Press ouviu, telefonicamente, a socióloga Marieth da Costa que considerou a situação bastante preocupante e, não obstante, apelou ao Estado – na pessoa do Ministério do Interior – a redobrar o esforço com o sentido de repor a legalidade e tranquilidade àqueles moradores.

“(…) Ninguém pede para nascer e viver numa sociedade em conflito. É importante que o Estado, na pessoa do Ministério do Interior, crie mecanismos fortes para repor a legalidade e tranquilidade que aqueles citadinos precisam. A missão do Estado, na Filosofia Política de John Locke, consiste em proteger e preservar a segurança, liberdade e propriedade do cidadão. O Estado não pode permitir que o cidadão viva em na turbulência permanente devido à onda da criminalidade”, apelou.

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