Mais um efectivo da Polícia Nacional se suicida. Desta vez é o superintendente António Jones – Quem será o próximo?
Mais um efectivo da Polícia Nacional se suicida. Desta vez é o superintendente António Jones – Quem será o próximo?
burro

Mais um efectivo entra na longa lista de suicídios que ocorrem no seio da Polícia Nacional. Desta vez, a vítima é um superintendente que respondia pelo nome de André António Manuel Jones, de 54 anos, colocado na Brigada de Segurança Escolar no Icolo Bengo do Comando Provincial de Luanda, cansado de viver, decidiu pôr término a própria vida com uma bala solitária de um AKM (com o n.º UK-326648) na cabeça, levando para a cova o grande segredo que o atormentava.

O facto, segundo um informe da corporação a que o Imparcial Press teve acesso, ocorreu por volta das 4H00, de domingo, 13, na residência do malogrado sita na rua da paragem do Kikolo, no distrito urbano da Estalagem, município de Viana.

Consoante a esposa do malogrado, Aleluia Jonas, de 53 anos, horas antes o perecido teria solicitado a esposa que o acompanhasse à farmácia, com intuito de adquirir um fármaco para si, uma vez que se sentia mal (dor de cabeça), tendo posteriormente regressados a casa, feito a medicação, dirigiram-se ao aposento e descansaram. Entretanto, por volta das 04h00, surpreenderam-se com o disparo de arma de fogo e depararam a vítima no chão com ferimento na cabeça.

Conforme as informações, dias antes do superintendente António Jones cometer o suicídio, confidenciou os códigos PIN dos cartões multicaixa. “Ele apresentava um comportamento em jeito de despedida”, confidenciou a esposa aos investigadores.

Após o cumprimento da perícia ao cadáver e local de ocorrência, procedeu-se a remoção para o necrotério do hospital Josina Machel, para a realização de autópsia e ulteriores trâmites.

Há quase três semanas, o Imparcial Press noticiou sobre a morte de um terceiro subchefe da Polícia Nacional de nome Rodrigues Albano Inácio, de 49 anos, afecto à Unidade de Segurança Pessoal e de Entidades Protocolares de Benguela, que se suicidou de igual modo com um tiro na cabeça, no seu posto de trabalho.

O facto ocorreu no interior das instalações do Tribunal Provincial de Comarca de Benguela, onde a vítima encontrava-se em serviço de guarnição.

Dados colhidos, referiu, dão conta que a vítima, sem qualquer motivo aparente, isolou-se num local de descanso e, utilizando uma arma de fogo do tipo AKM em sua posse, efectuou um disparo na zona da mandíbula, tendo causando-lhe morte imediata.

Em Dezembro do ano passado houve um caso semelhante. Um terceiro subchefe da Polícia Nacional de nome Fernando Paulo, de 47 anos, disparou contra a própria cabeça com a sua arma, quando fazia o trabalho de guarda e guarnição no comando municipal de Nharêa, na província do Bié.

Em Fevereiro deste ano, outro efectivo da polícia nacional, que respondia pelo nome de Fernando Susso Chambuaco, de 35 anos, suicidou-se com um tiro na cabeça, na província do Bié, após fazer um vídeo a despedir-se dos seus familiares e amigos.

Por fim, em Junho do ano em curso, um agente de 1° classe da polícia nacional colocado no Comando Municipal de Viana, de nome Yuri de Carvalho Pascoal, de 37 anos, cansado de viver, decidiu pôr fim à sua própria vida, com uma simples corda.

O facto ocorreu no interior da sua residência onde o mesmo vivia com a família, localizada na rua da Praça, no bairro Titanic, município do Kilamba Kiaxi, em Luanda.

Os casos aqui relatados, são exemplos claros de que o comandante geral da Polícia Nacional, comissário-geral Arnaldo Manuel Carlos, precisa tomar medidas urgentes – uma delas é resolver os problemas básicos que afectam os membros da corporação – para travar a onda de suicídio no seio desse órgão castrense. Caso contrário, não vai sobrar ninguém para manter a ordem e a segurança no seio da população.

Siga-nos
Twitter
Visit Us
Follow Me
LINKEDIN
INSTAGRAM

Compartilhar:

Facebook
WhatsApp
LinkedIn
Twitter
Social media & sharing icons powered by UltimatelySocial
error: Conteúdo protegido