Faleceu na última sexta-feira, no Hospital Militar Principal, em Luanda, aos 46 anos, o músico Francisco António José, conhecido nas lides musicais por “Disbunda”, vítima de doença prolongada.
A morte do artista e compositor de música folclórica deixa consternada a população do município de Ambaca, onde em vários bairros são tocadas as suas músicas, como forma de homenageá-lo.
O Governo Provincial do Cuanza-Norte, através de uma mensagem de condolências assinada pelo governador João Diogo Gaspar, lamentou a morte do musico “Disbunda”, considerando-a como uma perda irreparável para a cultura nacional.
A nota refere que “Disbunda” foi um intrépido defensor dos hábitos e costumes do povo angolano e um promotor acérrimo da cultura nacional.
Acrescenta que o malogrado fez da arma e da guitarra os seus instrumentos ao serviço de Angola e dos angolanos, garantindo a defesa da pátria ao mesmo tempo que proporcionava imensas alegrias com as suas músicas.
Na missiva, o Governo Provincial do Cuanza-Norte salienta que a morte do cantor, em vésperas das celebrações do 25 de Maio, Dia da África, não só empobrece a música angolana como também enfraquece a cultura africana.
“Nesta hora de dor e luto, o governo e o povo do Cuanza-Norte curvam-se perante a memória deste ilustre compatriota e endereça à família enlutada, às FAA e ao povo de Ambaca os mais profundos sentimentos de pesar”, finaliza a mensagem.
Também apelidado de “Disbunda Cassanda”, o artista começou a cantar no início da década de 2000 e tinha no seu repertório músicas como Cassanda, Barba do Vizinho, Kilapi, Beiral, entre outras.
O cantor notabilizou-se com as suas músicas folclóricas do estilo Cassanda, de que era um exímio dançarino, predominante na região de Ambaca, sua terra natal.
Natural do Bindo, município de Ambaca, que dista a 180 quilómetros a Norte de Ndalatando, província do Cuanza-Norte, “Disbunda” foi, até à data da sua morte, sargento maior do Batalhão de Defesa Química das Forças Armadas Angolanas (FAA).