Pedro de Sousa, activista cívico afecto ao Movimento Revolucionário de Angola (MRA), residente na província do Namibe, será na próxima quarta-feira, 24, ouvido em julgamento por alegadamente cometer os crimes de calúnia e difamação.
O processo-crime foi apresentada pelo responsável máximo daquela província desértica do país, governador Archer Mangueira.
De acordo com o também defensor dos direitos cívicos e humanos naquela parcela, será levado à barra do tribunal devido às constantes denúncias relativas à gestão danosa por parte do director da Agricultura local, Jó Puissa, um suposto protegido do governador Archer Mangueira.
Em Março do ano passado, Pedro de Sousa havia sido notificado pelo SIC, depois de ter acusado o referido director do desvio de insumos agrícolas, que terão sido encontrados na sua fazenda, mas que o Serviço de Investigação Criminal terá feito descaso.
Ao Imparcial Press, nessa manhã de segunda-feira, 22, o activista manifestou o receio de enfrentar um julgamento que venha ser alegadamente inquinado porque, na sua visão, desde o princípio do processo até à sua instrução contraditória, tem vindo a registar algumas supostas manipulações.
“O SIC não levou em consideração as minhas declarações, e juntaram coisas no processo que não tinha nada a ver com matéria que esteve na base da queixa-crime”, revelou.
Pedro de Sousa, por outro lado, diz nunca ter sido possuído por quaisquer intenções de caluniar ou difamar a pessoa em causa, senão fazer denúncias de situações anómalas que corroem o tecido sociopolítico e económico do país, particularmente ao da província do Namibe.
Por: Ngola Ntuady Kimbanda Nvita
