Namoro com a ministra da Saúde afasta Franco Mufinda do Executivo de João Lourenço
Namoro com a ministra da Saúde afasta Franco Mufinda do Executivo de João Lourenço
SL e FM

O segundo mandato de João Lourenço, como Presidente da República, após as eleições gerais realizadas a 24 de Agosto do corrente ano, ficou marcado pela não recondução de Franco Cazembe Mufinda ao cargo de Secretário de Estado para a Saúde Pública.

Mas poucos sabem o que realmente levou o Chefe do Estado a deixar de confiar num dos porta-vozes da extinta comissão multisectorial da Covid-19 em Angola.

Em Agosto último, num dos seus habituais comunicados, o Serviço de Investigação e Criminal anunciou, em Luanda, a detenção de cinco cidadãos nacionais que residiam na província de Cabinda, que chantageava a ministra da Saúde, Sílvia Paula Valentim Lutucuta, exigindo um valor de 50 milhões de kwanzas para a não publicação das suas imagens íntimas nas redes sociais.

O que se passou na verdade?

Segundo apurou o Imparcial Press junto uma fonte do SIC, a ministra da Saúde mantinha, em backstage, um caso amoroso com o então Secretário de Estado para a Saúde Pública, Franco Mufinda.

O “casal da Saúde” trocava entre si imagens íntimas. Na maior parte das vezes, Silvia Lutucuta enviava imagens com roupas íntimas ao “namorado” Franco Mufinda, que respondia com elogios e emojis.

Acontece que numa das suas viagens de trabalho à província de Cabinda, o ex-Secretário de Estado para a Saúde Pública terá se descuidado do seu telemóvel e orientou um jovem funcionário afecto ao Gabinete Provincial da Saúde de Cabinda para resolver a questão.

Com o telemóvel em sua posse, o referido funcionário decidiu bisbilhotar o aparelho e ficou surpreso com as imagens íntimas que a ministra da Saúde tinha enviado ao seu antigo subordinado.

Como a oportunidade faz o ladrão, o bisbilhoteiro encaminhou algumas imagens comprometedoras da ministra da Saúde à sua conta de whatsApp e, posteriormente partilhou com os seus amigos que, não pensaram duas vezes, em extorquir uns milhões de kwanzas a Silvia Lutucuta.

Inicialmente, a vítima [a ministra da Saúde] deduziu que fosse uma brincadeira do seu namorado Mufinda. Mais tarde, a brincadeira subiu de tom e a ministra da Saúde indagou o seu parceiro que se mostrou surpreso e negou todas acusações.

E para abafar o caso, o “casal da saúde” decidiu colaborar com os seus algozes e pagar o valor [50 milhões de kwanzas] exigido. Silvia e Mufinda contribuíram cada 25 milhões de kwanzas e orientaram um terceiro a efectuar a transferência bancária milionária na conta indicada pelos chantagistas.

Tendo em conta as novas políticas monetárias implementadas pelo Banco Nacional de Angola, as autoridades suspeitaram da transferência e accionaram o Serviço de Investigação Criminal (SIC) para averiguar a transferência milionária.

Primeiramente, os efectivos do SIC seguiram a origem dos valores e interrogaram o proprietário da conta e, em sua defesa, revelou que estava apenas a cumprir uma orientação dos superiores [Lutucuta e Mufinda].

O SIC accionou a Procuradoria-Geral da República (PGR) e este último a Presidência. A ministra foi chamada de emergência ao Palácio da Cidade Alta e interrogada por um oficial do SINSE. Durante o interrogatório, Silvia Lutucuta contou o que se passava e entregou o seu telemóvel.

As autoridades palacianas orientaram o BNA accionar o banco comercial onde a conta está domiciliada e cativou-se os valores. O SIC criou um grupo de operativos que se deslocaram à província de Cabinda para localizar e deter os cinco chantagistas.

Após a detenção do grupo, os jovens foram brutalmente “sovados” e trazidos a Luanda, aguardando pelo julgamento na comarca de Viana. Recentemente, os familiares de cinco jovens detidos contactaram a PGR para obter mais informações sobre o caso, mas a resposta foi o silêncio total.

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