PCA do Porto do Lobito corrompe primeiro secretário da Comissão Sindical
PCA do Porto do Lobito corrompe primeiro secretário da Comissão Sindical
celso rosas

O presidente do Conselho de Administração do Porto do Lobito, Celso Rodrigues de Lemos Rosas, é acusado de subornar Ernesto Muabi, primeiro secretário da Comissão Sindical da empresa portuária, para que este se distanciasse das reclamações legais de um grupo de trabalhadores transferidos forçosamente para as concessionárias AGL – Lobito Terminal e Lobito Atlantic Railway.

De acordo com as denúncias em posse do Imparcial Press, Celso Rosas terá prometido a Muabi uma nova viatura, empregos para os seus familiares e outros benefícios em troca da sua colaboração para abafar as demandas dos funcionários transferidos.

Ontem, sexta-feira, 07, os contestatários foram surpreendidos por um comunicado da Comissão Sindical desvinculando-se das suas reclamações.

No comunicado distribuído à imprensa, a Comissão Sindical do Porto do Lobito alegou que os trabalhadores em protesto estavam desinformados sobre a legalidade e os factos relativos às suas reivindicações.

Estes apenas exigiam um prémio de produtividade e um estímulo equivalente a dez por cento da produtividade de 2023, demandas que, conforme a comissão, carecem de respaldo legal.

Conforme o cominicado da Comissão Sindical, após uma reunião com o Conselho de Administração do Porto do Lobito, ficou esclarecido que o prémio de produtividade não foi concedido devido aos resultados operacionais negativos de 2023.

Enfatizando que, os referidos prémios, recebidos do Ministério dos Transportes, seriam destinados a projectos em curso, não beneficiando os trabalhadores das concessionárias.

A tentativa de manifestação dos trabalhadores transferidos foi interrompida pelas autoridades. Os efectivos do Comando Provincial da Polícia Nacional em Benguela, concretamente do Comando Municipal do Lobito, impediram a entrada dos manifestantes no recinto da assembleia, resultando na detenção de quatro pessoas, que foram julgadas sumariamente.

A polícia nacional – que tudo faz para defender os incumpridores – justificou as detenções afirmando que os manifestantes enfrentaram os agentes da ordem.

Este escândalo ameaça seriamente a relação entre Celso Rosas e os trabalhadores portuários. A principal divergência gira em torno do pagamento do prémio de 10% de produtividade para os trabalhadores transferidos para a AGL, uma questão que aumentou o nível de tensão entre as partes.

Em resposta à crise, o Conselho de Administração, em conjunto com o Fundo Social da empresa, deliberou a atribuição de um estímulo (não divulgado) referente ao ano de 2023, a ser distribuído aos trabalhadores ainda este mês (Junho), conforme os regulamentos do Fundo Social da empresa.

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