População da Matala exige demissão do administrador municipal durante visita do PR
População da Matala exige demissão do administrador municipal durante visita do PR
adm matala

Enquanto o Presidente da República, João Lourenço, inaugurava o Centro de Aproveitamento Hidroeléctrico da Matala, a sociedade civil realizava uma manifestação contra o administrador municipal, Miguel António Paiva Vicente, cujo trabalho, segundo os munícipes, não tem sido positivo.

A sociedade civil voltou às ruas para manifestar-se contra a governação do administrador municipal da Matala, Miguel António Paiva Vicente, que está no cargo há 14 anos. A manifestação aconteceu quando o Presidente da República, João Lourenço, procedia à inauguração do Aproveitamento Hidroeléctrico da Matala, com os manifestantes a exibirem cartazes exigindo o afastamento do administrador supracitado.

Ouvidos por este jornal, os cidadãos afirmam que o município da Matala produz energia eléctrica de qualidade, mas os benefícios para a população são pouco notórios, registando-se muitos bairros sem energia eléctrica, ou com fornecimento bastante fraco durante o período nocturno, sendo necessário usar lanternas para iluminação.

A distribuição de energia eléctrica, segundo os manifestantes, beneficia apenas um grupo, enquanto os demais não têm ou consomem corrente péssima.

“Não se justifica”, enfatizam. Denunciam igualmente que a água, “em alguns bairros, só voltou a jorrar nas torneiras devido à ida do Presidente João Lourenço; antes, isso nunca aconteceu”.

“Reconhecemos que há uma grande produção de energia eléctrica que poderia abastecer todos os bairros da Matala, mas a sua distribuição é apenas para os privilegiados”, lamentam.

Os cidadãos dizem também estar descontentes “com o mau comportamento dos técnicos da ENDE, que, muitas vezes, ao chegar à residência do cliente, cortam os cabos durante a sua ausência, levam-nos e comercializam-nos para benefício próprio”.

Acrescentam que o “Agente Lukia, parceiro da ENDE, também tem prestado um mau serviço aos clientes, e queremos ver este problema ultrapassado o mais rapidamente possível”.

Outra questão prende-se com o corte de cabos eléctricos: “o cliente só tem um mês de dívida, mas desligam os cabos e, para voltarem a ligá-los, os técnicos da ENDE cobram 15 mil kwanzas”.

Por outro lado, “nos finais de semana, quando há partidas de futebol, os técnicos da ENDE retiram propositadamente os fusíveis dos postos de transformação (PTs), sacrificando os clientes que passam a noite às escuras, para beneficiar apenas os proprietários de lanchonetes, que assim atraem maior clientela, porque as pessoas, sobretudo os apreciadores de desporto, acorrem a esses locais para assistir aos jogos na televisão”.

Os cidadãos denunciam que os funcionários da ENDE recebem dinheiro dos proprietários de lanchonetes para garantir maior concorrência durante as partidas de futebol. “Muitos bairros ficam sem energia eléctrica por negligência dos técnicos da ENDE; apenas a sede municipal permanece iluminada.

O administrador municipal tem conhecimento disso, mas por ser conivente, nada faz para o bem da população. Por essa e outras razões, pedimos que seja exonerado com urgência”, dizem os cidadãos agastados.

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