Presidente do Cofre de Previdência da Polícia desvia 500 mil dólares da instituição
Presidente do Cofre de Previdência da Polícia desvia 500 mil dólares da instituição
pres CPPPN

O presidente do Cofre de Previdência do Pessoal da Polícia Nacional (CPPPN), subcomissário Domingos Jerómino, é acusado de ter desviado aos cofres daquela instituição mutualista, no decorrer do seu primeiro mandato, uma quantia equivalente de 500 mil dólares norte-americanos, soube o Imparcial Press junto de fonte fidedigna.

Segundo a fonte deste jornal, meses depois de assumir a liderança do CPPPN, o subcomissário Domingos Jerómino apoderou-se indevidamente da quantia acima citada, para investir na sua fazenda localizada na província da Huíla.

O caso, de acordo com a fonte do Imparcial Press, foi denunciado por um dos membros do órgão fiscal do CPPPN ao comandante-geral da Polícia Nacional, comissário-geral Arnaldo Manuel Carlos, na qualidade do presidente da mesa da assembleia-geral da CPPPN, mas este último puro e simplesmente ignorou.

“Mesmo com as provas palpáveis apresentadas, o comissário-geral Arnaldo Carlos preferiu ignorar o caso, remetendo-se em silêncio total”, lamentou a nossa fonte.

Outrossim, o subcomissário Domingos Jerómino é denunciado “violação sistemática do Estatuto, por gestão danosa, falta de prestação de relatório e contas ao órgão fiscal”. Caso o Imparcial Press dará mais ênfase nos próximos dias.

De recordar que, em Janeiro de 2020, o presidente do CPPPN revelou que encontrou a instituição numa situação “dramática e catastrófica”, sem fundos de subsistência e com o património “hipotecado por inúmeras dívidas”, acusando o seu antecessor, o comissário Luís Alexandre.

Na ocasião, Domingos Jerónimo disse que o “quadro negro” da instituição deve-se a passivos deixados pela gestão cessante, que colocou o Cofre em “total descrédito” diante dos 120 mil associados, que se divorciaram da anterior direcção por esta “deixar de prestar qualquer apoio social” aos mesmos.

“Desde 2014, o Cofre deixou de dar apoios aos associados sem razões que justificassem tal medida. A direcção cessante deixou de honrar os seus compromissos fundamentais consagrados nos estatutos do Cofre”, acusou, na altura.

No domínio da gestão e administração dos fundos, Domingos Jerónimo referiu que os seus antecessores “não utilizavam as ferramentas básicas de gestão”, como orçamento, situação que os levou “a navegar ao sabor do vento”. Pois, frisou, não tinha (a gestão cessante) um “documento que provisionasse as receitas que cabimentassem as despesas”.

Além disso, referiu, “desde 2014, a direcção cessante deixou de valorizar o Conselho de Direcção, o que pressupõe que as decisões eram tomadas de forma unilateral”.

Em consequência dos empréstimos contraídos pela anterior Direcção do CPPPN, explicou o responsável, uma semana depois de a nova gestão tomar posse, o banco BIC, “sem qualquer notificação”, mobilizou “coercivamente” os depósitos a prazo ali domiciliados.

“São cerca de um milhão de euros e cinco milhões de dólares americanos mobilizados por este banco”, realçou. E deste modo, acrescentou: “Encontrámos o Cofre totalmente endividado, quer com a banca, quer com outros credores. Todo o património do Cofre, inclusive o edifício onde se situa a sede da instituição, está hipotecado à banca”.

O CPPPN é uma das maiores associações mutualistas de Angola e tem por finalidade geral a expressão organizada da “solidariedade e justiça” entre os seus membros, assegurando a protecção social especial e complementar dos mesmos e suas famílias.

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