Serviço de Inteligência Militar vinga-se da morte de Laurindo Vieira
Serviço de Inteligência Militar vinga-se da morte de Laurindo Vieira
L vieira

Em Angola, parece que as coisas são rapidamente esquecidas, e ninguém consegue reflectir adequadamente. Isso faz-me lembrar quando Mfulupinga N’Landu Victor faleceu em 2004. Naquele dia, eu estava a cumprir uma missão secreta do então Presidente José Eduardo dos Santos. Ao meu regresso, ele instruiu-me a reportar sobre quem realmente assassinou o querido M’fulupinga.

Quando convoquei a reunião operativa, obtive uma resposta rápida sobre quem matou e quem foi o mandante. Reportei ao saudoso Presidente José Eduardo dos Santos. Foi doloroso quando me apercebi da morte de Laurindo Vieira. Contactei os meus rapazes (que formei) e, como sempre, lidei bem com o chefe [general João Pereira] Massano. Aconselhei-o a mostrar ao Serviço de Investigação Criminal (SIC) que brincadeiras têm limites.

Os nossos peritos tentaram várias vezes contactar o CISP [Centro Integrado de Segurança Pública], mas sem sucesso. Mesmo o SIC optou por brincar connosco, sob a bênção de [Fernando] Miala e seu SINSE, iludindo não só o SISM (Serviço de Inteligência e Segurança Militar), mas também todos os angolanos, ao apresentar indivíduos sem domínio nem tão pouco fizeram o acto.

Numa conversa com os oficiais do SISM, fiéis ao órgão que dirigi durante quase três décadas, delineámos uma estratégia para educar o SIC e a sua liderança, principalmente o mandante da morte de Vieira, conforme sempre o tratei enquanto estava vivo.

O Dr. Laurindo Vieira era um quadro do SISM que dispensa comentários. A dor causada pelas orientações superiores foi o motivo pelo qual o SISM acabou por eliminar os rapazes assassinos (Alberto Joaquim Bula e seu cúmplice) que mataram o nosso Vieira.

Quando mataram Laurindo Vieira, pensaram que deveriam ser protegidos para sempre. Mesmo o CISP recusou-se a fornecer-nos o vídeo referente à zona da ocorrência do infortúnio. Esqueceram-se de que os bancos e as lojas circundantes têm muitas câmaras de vigilância. Sem pressa, conseguimos identificar Alberto Joaquim Bula, mais conhecido por “Betangó”, e o seu comparsa.

Como o SIC já tinha enganado o povo, decidimos mostrar que não se brinca com o SISM. O nosso comando cumpriu a missão. Só para reforçar, quando os agentes do SIC matam, eles dirigem-se directamente à Comarca de Viana, como um tipo de esconderijo.

Por isso, Alberto Joaquim Bula, quando matou o nosso Vieira, dirigiu-se directamente ao Bloco dos agentes de Defesa e Segurança.

Alberto Joaquim Bula permaneceu na Comarca de Viana como esconderijo, enquanto aqui o seu órgão, o SIC, enganava o povo. Esqueceram-se do Vieira é da tradição Bakongo, e era considerado “nganga mayele“, o que significa sábio.

Na terra de Vieira, no Quitexe, fizeram o que manda a tradição. O jovem Alberto Joaquim Bula, quando percebeu que estava a ser minuciosamente acompanhado pelo SISM, além dos pesadelos que tinha, confidenciou ao seu chefe Dickson Silva, também conhecido por Malária, sobre as situações que estava a enfrentar. Este, por sua vez, informou os seus superiores hierárquicos.

Dickson era a pessoa que o assassino de Laurindo Vieira, Alberto Joaquim Bula, ouvia e respeitava. Quatro dias antes de o SISM o abater, Alberto Joaquim Bula conversava mais com o seu colega Dickson, que o aconselhava a não se render nem a pedir perdão à família de Laurindo Vieira.

Dickson era a pessoa que mais falava com o jovem para que não se apresentasse às autoridades judiciais, visto que a mulher do jovem assassino, Alberto Joaquim Bula, perguntava pelo marido, que dias depois apareceu morto.

OBS: Cá se faz, cá se paga. Nenhum elemento do SIC matou este assassino de peso, sujeito à invenção de apresentar outras pessoas.

Autor anônimo

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