Trabalhador da Sociedade Mineira do UARI morre por capricho da direcção
Trabalhador da Sociedade Mineira do UARI morre por capricho da direcção
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Um trabalhador da Sociedade Mineira do UARI, que respondia pelo nome de Jorge Gomes, perdeu a vida no passado dia 10 de Abril, no Lucapa, província da Lunda Norte, por falta de assistência médica medicamentosa adequada, depois de um membro de direcção daquela instituição recusar que o mesmo fosse transferido para uma unidade sanitária com a ambulância da empresa.

Segundo a fonte deste jornal, a ordem (de não deixar ambulância sair da instituição) foi dada pela responsável do departamento de administração da Sociedade Mineira do UARI, uma cidadã brasileira que atende pelo nome São Melo.

Conforme as informações, o malogrado – que era responsável da central de escolha de diamantes – deu entrada no Posto Médico da Sociedade Mineira do UARI, por volta das 6h da manhã. Depois de receber os primeiros socorros, tendo em conta o quadro crítico que apresentava, o médico em serviço (Dr. Kaylo) pediu a São Melo para que autorizasse a saída da ambulância para transferir o paciente no banco de urgência do Hospital do Dundo, que dista a 320 km.

Mas, São Melo, que desconhece de ciência da saúde, pura e simplesmente recusou e mandou aguardar mais algum tempo. Passados mais de dez horas de espera, Jorge Gomes não resistiu e faleceu às 16 horas.

Plano para acobertar a morte

Ao perceber a morte de Jorge Gomes, São Melo terá contactado o director Pedro Velasco Galiano para comunicar o sucedido. Este último, de acordo com as informações, orientou a criação de um plano para acobertar o caso – que juridicamente é considerado crime de homicídio por negligência – e salvaguardar a imagem da Sociedade Mineira do UARI.

Foi assim que São Melo mandou colocar o corpo de Jorge Gomes na ambulância e simular que o mesmo faleceu a caminho do hospital do Dundo. A ideia foi prontamente recusada pelo médico da empresa que lhe prestou os primeiros socorros e decidiu comunicar a família do malogrado sobre o sucedido.

“Às 16h20, o Dr. Kaylo chamou Paulo Gomes, irmão de Jorge, que também trabalha na empresa, informando-lhe que seu irmão havia falecido. O irmão, descontrolado, começou a gritar e alertou os demais colegas, comprometendo assim o plano do director Pedro Galiano e da chefe São Melo”, contou a fonte.

Agora, a direcção da Sociedade Mineira do UARI tem estado a envidar esforços no sentido de abafar o caso para proteger a cidadã brasileira.

São Melo, a fada madrinha de Pedro Galiano

Pedro Galiano é acusado de ser o protector da brasileira São Melo, por causa de uma dívida moral. A fonte do Imparcial Press revela que foi graças a São Melo que hoje Pedro Galiano conseguiu arranjar uma esposa estrangeira, ou seja, brasileira.

“Foi a São Melo que trouxe do Brasil uma jovem linda para se casar em Angola com Pedro Galiano. Por isso, ele lhe protege”, explicou.

A Uari é a melhor mina aluvial da Endiama, localizada no Lucapa, e produz 15.000 quilates/mês. No entanto, os trabalhadores angolanos ganham uma miséria. Os sócios maioritários desta mina são a Endiama Mining e o empresário António Mosquito, tendo como diretor geral Pedro Galiano, o possível sucessor de Ganga Júnior como PCA da Endiama.

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