A Organização da Mulher Angolana (OMA) realiza amanhã, sábado, 26, na província de Benguela, uma marcha de repúdio ao acto de profanação do cadáver de uma jovem de 22 anos, ocorrido no passado dia 22 deste mês, na comuna da Ebanga, município da Ganda.
A secretária-geral da Organização da Mulher Angolana, Joana Tomás, que prestou a informação no final do encontro com o director do Instituto Nacional para os Assuntos Religiosos (INAR), Adilson de Almeida, considerou bárbaro o acto.
“Apelamos às autoridades policiais, judiciais e tradicionais de Benguela e do país para esclarecerem este caso, condenando os culpados e que a sentença seja pública, de maneira a inibir tais acções”, disse.
Durante o encontro, as duas entidades abordaram ainda a problemática da proliferação de igrejas e maus tratos perpetrados por líderes religiosos.
Joana Tomás informou que a organização tem recebido acima de 50 denúncias provenientes de pessoas que têm os familiares a fazer tratamentos tradicionais e convencionais em falsas igrejas transformadas em hospitais, sem obedecer às normas impostas pelo Ministério da Saúde.
A secretária-geral da OMA manifestou-se ainda preocupada com o alto índice de violência contra idosos e crianças acusadas de feitiçaria, tendo salientado que muitas dessas acusações são instigadas por pastores de algumas seitas religiosas.
O encontro entre a OMA e o INAR teve como objectivo abordar a questão do incesto, raptos e solicitar a lista real de igrejas reconhecidas e não reconhecidas no país.
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