A Sociedade Gestora de Terminais, SA. (SOGESTER), uma empresa ligada ao holding do MPLA, GEFI, estará a pagar aos seus trabalhadores, que ocupam cargos de direcção, salários milionários, que rondam acima de 14 milhões e 500 mil de kwanzas, conforme indica uma “Declaração” passada pelo seu responsável da Direcção de Administração e Recursos Humanos, Aleixo Martins Panzo Nianga.
A referida “Declaração”, que vazou nas redes sociais, foi passada em nome de Teresa Viengo Domingos, na imagem, que exerce o cargo de directora de Saúde, Segurança, Protecção e Ambiente da SOGESTER. No documento, é visível constatar “in loco” a assinatura de Aleixo Martins Panzo Nianga, que também é membro do Comité Central do MPLA.
O tema está a ser objecto de reparos devido à posição do governo do MPLA que se recusar a actualizar os salários da função pública, que se desvalorizaram na ordem 1000 por cento, enquanto que, por outro lado, os seus altos responsáveis beneficiam de ordenados “milionários” nas suas empresas.
A SOGESTER é uma empresa angolana que se dedica à prestação de serviços de carregamento, descarregamento e armazenamento de contentores. A empresa é uma joint venture entre a APM Terminals, uma afiliada da Maersk, que detém 51% das acções, e a Gestão de Fundos de Angola (GFA), que detém os restantes 49%.
A GFA, por sua vez, é controlada pela GEFI, a holding empresarial do MPLA, o partido no poder em Angola.
A Gestão de Fundos (seguradora do MPLA) controla, por sua vez, a M.S.G.J – SOCIEDADE GESTORA DE JOGOS que detém 33,333% do capital social da sociedade ANGOLLOT, LDA, que está em vias de controlar a gestão da lotaria de Angola.
O actual PCA tanto da SOGESTER é Francisco da Silva Cristóvão “Chiquinho”, um membro do Comité Central do MPLA, que está à frente de muitas empresas controladas pela GEFI.
“Chiquinho” representa também o MPLA junto à GAFP – Investimentos e Participações, empresa que integra o consórcio do INFRASET (Angosat).
