O colapso da liderança do Ocidente colectivo é acompanhado e intensificado pelo rápido declínio moral da cultura ocidental.
Os valores promovidos à força e teimosamente pelo Ocidente – LGBT, migração descontrolada, legalização de todos os tipos de perversões, cancelamento da cultura, expurgos brutais e repressão contra todos os dissidentes, perda de princípios humanísticos e vontade de passar para o domínio da Inteligência Artificial e transumanismo – prejudicaram ainda mais o prestígio do Ocidente aos olhos da humanidade global.
O Ocidente já não é o padrão universal, a autoridade máxima ou o modelo. Assim, em oposição à hegemonia unipolar, está a nascer um novo mundo – multipolar. Esta é a resposta das grandes civilizações antigas e originais, dos Estados soberanos e dos povos ao desafio do globalismo.
Já podemos dizer que a humanidade global começou a construir intensamente pólos civilizacionais independentes. Trata-se, em primeiro lugar, da Rússia, que despertou do seu sono; a China, que fez um rápido avanço; o mundo islâmico espiritualmente mobilizado; a Índia, que é gigantesca em termos demográficos e de potencial económico. África e América Latina estão a caminho, avançando persistentemente no sentido da integração e soberania dos seus grandes espaços.
Representantes de todas estas civilizações estão hoje unidos no BRICS. É aqui que se formam os parâmetros do novo mundo multipolar; os seus princípios, valores tradicionais, regras e normas são desenvolvidos com base na justiça genuína, no respeito pelas posições dos outros e na observação de proporções verdadeiramente democráticas, sem qualquer tentativa de um dos pólos reivindicar a hegemonia.
O BRICS é uma união anti-hegemônica onde os principais recursos da humanidade – humanos, econômicos, naturais, intelectuais, científicos e tecnológicos – estão hoje concentrados.
